domingo, 7 de julho de 2013

Petar

Olá Pessoal, hoje vamos falar sobre as cavernas. Vocês já devem ter ouvido falar no PETAR (Parque Estadual do Alto do Ribeira). 





Algum tempinho atrás fui com a Equipe "Sem Limites" pela segunda vez ao Petar e foi simplesmente fantástico. A começar pelo casal responsável, meus amigos: 


Angélica e Matheus...eu amo esses dois!      
                                
Chegamos sábado bem cedinho na pousada da Dona Diva, e acreditem, foi a melhor comida que já provei. Tudo muito bom, café da manhã. Dá até água na boca. 





Depois de se instalar e tomar o delicioso café da manhã, com bananas, bolos, etc, fomos para a trilha do Betari. O Lugar é lindo. 







E claro, encontramos os moradores pelo caminho que precisam ser respeitados e apreciados.






Este bicho ai ao lado, tem um aspecto bem assustador não é? É bom que nos assuste mesmo,   para que a gente deixe ele seguir o caminho sem encostar na belezura. Essa lagarta, pode queimar se em contato com a pele, pois é uma lagarta peluda! Ela queima por possuir uma bolsa contendo substâncias tóxicas em sua pele, ou na base de suas cerdas. Quando encostamos em suas cerdas, que são micro espinhos, estas substâncias são liberadas e penetram em nossa pele. A gravidade da queimadura pela toxina depende do número de espinhos que você esbarrar, uma vez que , quanto mais espinhos você tocar, uma maior quantidade da substância tóxica entrará em contato com sua pele, e aí meus amigos, é dor na certa!



Andamos muito para chegar até as cavernas, mas cada passo valeu a pena pela beleza apreciada e pelos colegas. Pessoal muito legal!





Bom chegamos a caverna!!!! 






Geralmente as casas do Batman são formadas quando o calcário, mineral constituinte das rochas, sofre erosão pelas águas da chuva infiltradas através do solo, ao longo de tempo. Mas beeeem ao longo do tempo!
Acontece o seguinte: A rocha calcária é composta por Carbonato de Cálcio (o famoso "cacotrês" CaCO3), que se dissolve em água.  Mas isso demora um tempo, não ocorre da noite para o dia.  Como a água da chuva é um pouquinho ácida esse processo é até agilizado,  mas mesmo assim demora. 

A água da chuva contém um pouquinho de CO2, que é absorvido da atmosfera e isso a torna um pouco ácida. Quando a água com CO2 penetra através do solo, absorve mais CO2, que vem da decomposição da matéria orgânica. O CO2 combina-se com a água e forma um troço chamado ácido carbônico, H2CO3, e essa super solução, corrói o calcário da rocha, auxiliando na formação de cavidades (cavernas), gerando íons de hidrogênio e bicarbonato.



Dentro das cavernas existem cones na parte superior e inferior, formados pelo gotejo contínuo da água pelas fendas das paredes das cavernas. Esses cones são chamados de Estalactites e Estalagmites. As Estalactites ficam no alto da caverna e as Estalagmites formam-se da chão para cima. Elas se formam basicamente por um processo contrário a formação da cavidade da caverna. 



A água que continua escorrendo para dentro da caverna, pelas fendas, como passa pelas rochas, acaba carregando consigo o calcário (lembra o calcário que forma as rochas? esse mesmo que ela carrega), portanto, ela fica rica em íons. Essa água que penetra na caverna já formada, encontra o que? Um buracão certo?...o interior da caverna...um buracão com pouco CO2. A água perde parte do seu CO2 (aquele que vem da atmosfera e da matéria orgânica lembra?), uma vez que a concentração do mesmo, no interior das cavernas é baixo. Logooooo, como perde CO2, a água fica menos o que? Menos ácida, mais alcalina. 

Sendo mais alcalina, ela "segura" menos calcário (o calcário proveniente das rochas que ela carrega) e o CaCO3 reaparece e é liberado, se deposita no teto e forma com o tempo, o cone do teto ou a casquinha de sorvete, ou a estalactite.

Retomando, para formar o buracão da caverna, a água com CO2 dissolve a rocha. Quando ela cai no buraco já formado (cavidade da caverna), perde o CO2 (proveniente da atmosfera e da matéria orgânica do solo) e se torna um pouco mais alcalina, liberando o CaCO3 que se deposita no teto, formando os cones.

Bom, mas ainda não acabou ....como se formam as estalagmites? ou as casquinhas de sorvete, cones que estão no chão das cavernas? Elas se formam porque ocorre um acumulo de minerais decorrente da água que escorre do teto. Lembra que a água é carregada de calcário proveniente das rochas? Então, a água cai no chão da caverna e pelo mesmo processo que se deposita no teto para formar as Estalactites, forma as Estalagmites...ou seja, os minerais se acumulam no chão, assim, formando cones com a ponta virada para cima.





Como a água continua a gotejar na caverna, passando pelas estalactites, esse processo vai aumentando esses cones e caindo constantemente também nas estalagmites. Com o tempo, estes dois cones podem até se unir. 



E em decorrência desse processo todo formou-se em uma das cavernas uma "bailarina"...bonitinha né?


Ah e a água dentro da caverna é muito gelada...acreditem...as vezes vem um vento de arrepiar.. 




 E quase que não dá pé pra mim, mas é porque sou baixinha!!!

Ah, essa minha amiga do lado direito, sofreu viu nessa caverna. Aliás, toda vez que saimos algo acontece com ela...eu já contei um "causo" dela na postagem do mangue! 

Esse "causo" que vou contar aconteceu da primeira vez que fomos ao Petar, com a Unisa, com a professora Socorro e com o professor André.  Estávamos nesta mesma caverna da foto. A caverna da água suja, mas é chamada assim porque a água é barrenta. Essa minha amiga Angela, pisou em um vão entre as pedras e afundou e olha que ela é alta viu. Só sei que ela se debatia tanto e gritava: vou morrer, vou morrer...e na caverna é meio escuro né...então o desespero se multiplicou, claro!. Eu estava bem na frente dela e vendo esse desespero me desesperei também e me debatia como ela. Até que uma voz ao fundo gritou: Agarra em uma Estalactite, e assim o fiz. Eu parecia aqueles macaquinhos agarrados a mãe. Eu não largava a estalactite por nada...e a Angela continuou se debatendo um tempo, até que ela descobriu que dava pé pra ela. Apenas um dos pés estava no vão...era só manter a calma e ficar de pé! Bom, o sufoco passou e eu com muito custo soltei a Estalactite e seguimos. 

Voltando a segunda visita ao Petar...Depois da visita as cavernas, fomos para o Boiacross, eu estava com medo claro. Quando fui com a Unisa optei por não fazer, medo mesmo! A Angela foi, mas pouco se divertiu. Ela caia da boia quase sempre.

Desta vez eu tava machona né, resolvi ir ao Boiacross....rs...mentira, a Angélica me convenceu. Ela ficou com aquele papo que eu me arrependeria depois por não participar e tals...me convenceu...como sempre!





 Foi incrivelmente maravilhoso! Obrigada Angélica pelo psicológico...A gente deita nessa boia de barriga para baixo e desce o rio...uma delícia...minha amiga Angela foi também dessa vez, mas não fez o percurso inteiro, na verdade logo no início ela caiu inúmeras vezes da boia e em uma dessas vezes a boia foi e ela ficou....

E foi essa a grande viagem ao PETAR! Bom domingo a todos e um grande beijo e obrigada aos colegas do Petar e a equipe "Sem Limites" pelos momentos maravilhosos!  



  


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